quinta-feira, 16 de fevereiro de 2012

OS DEUSES RETORNAM AO OLIMPO!!!





Os deuses retornam ao olimpo

De Michel Jackson, Amy Winehause a Whitney Houston

Salvador, Bahia, domingo 12 de fevereiro de 2012 por MARCELO CERQUEIRA



No popular da Bahia, várias queixas. Ontem à noite começou a pipocar nas mídias a notícia da morte da cantora Whitney Houston, 48 anos ainda sem causa determinada, hoje a mídia internacional divulgou que ela teria sido morta por afogamento na banheira de um hotel, no quarto não havia sinais de drogas ilícitas e sim remédios legalmente prescritos para curar doenças. Essa mesma mídia que necessita de uma personagem para alimentar a voracidade dos seus leitores sádicos divulgou que a canora seria HIV positivo, em outro momento. Acompanhamos a saga da canora através da mídia desde que ela explodiu no mundo musical, no cinema e em todos os lugares, foi magistral o seu sucesso, quem não viu o filme “O Guarda Costas” uma cantora negra, atriz fazendo par romântico com Kevin Costner, macho, galã e branco, queridinho das Américas. Aquela mulher negra, linda, brilhante diferente da imagem que temos dela hoje aos 48 anos, completamente diferente.



Não é fácil segurar o peso de ser famosa, de ser artista e de ter sempre que produzir, porque a indústria precisa de vender, o povo precisa consumir e os artistas são tratados como produto cultural com data de validade no rótulo. Whitney expirou o seu prazo de validade impresso pela indústria cultural esquizofrênica e sanguinária, mesmo sendo ainda muito rica pelos direitos atribuídos a sua imagem, mas a obrigação de produzir, de vender e movimentar o consumo lhe impunha duras regras quais delas muitos artistas não conseguem suportar e acabam sendo substituídos por outros que de alguma maneira se submetem a essas condições por um tempo, não pelo tempo todo, no mundo da subjetividade o descartável é a regra geral, lastimavelmente outros trilharão o mesmo destino trágico.



Whitney percebeu que estava sendo descartada e não suportou isso. Percebeu sua vida pessoal, suas intimidades sendo expostos para vender jornais e revistas. A indústria que lhe criou acabou lhe matando repetindo uma história de dor e sofrimento para muitos dos nossos ícones desde quica Edith Piaff. Ela não era mais o produto Whitney Huston, era uma pessoa considerada drogada, bêbada e HIV positivo e pessoa não grata, um beijo para quem me dizer que suportaria viver sendo tratada dessa maneira desumana.



E foram esses os mesmo destinos criados pela indústria para Michael Jakson e Emy Whinihause, que de uma hora para outra apareceram mortos. Michel a indústria lhe mantinha vivo por ele ainda mesmo nas condições que estava vendia feito água.



Como recordar é viver eu me recordo que em uma bela noite quente numa boate gay em Acapulco, no México um mexicano gatinho me xavecando. O início do papo era ele me perguntando se eu curtia Micahel Jackon. E eu respondo “me gusta mucho”. Ele Jackson maníaco me ensinou trechos em inglês da canção “Billie Jean” do álbum Thriller lançado em 1983. “Billie Jean is not my lover/ She's just a girl / Who claims that I am the one/But the kid is not my son.” Lógico que aprendi a canção e lembro até hoje como um doce “recuerdo” daquela cidade mexicana tão encantadora a beira do mar. Eu também me lembro do tórrido final de noite nos lençóis macios do hotel em Acapulco com o guapo.



Michel defendia-se pela excentricidade e pela solidão e hábitos em sua mansão reservando-se a imagem a poucos e seletos amigos. Como ele vendia ainda muito bem, era interessante manter o astro pop vivo. Por isso a indústria aceitava de cara feia as suas excentricidades. Amy Winehouse, não teve a mesma sorte se é que podemos considerar isso sorte do astro pop.



Ela sempre foi uma sofredora e teve varias histórias de abandono. Primeiro veio o abandono familiar, a falta de crédito que ela tinha em casa, os seus pais diziam que ela não seria nada na vida. Também a questão sexual mal definida, toda mulher é bissexual assim como todo homem também o é, alguns aproveitam outros não, mas ela era lésbica, seu comportamento é revelador, possuía tatuagens de garotas desenhadas em seu corpo, por exemplo. Kabum! Ela explode no mundo ganhando prêmios por seu trabalho musical e uma legião de seguidores.



Quando Amy foi premiado os Estados Unidos não permitiu visto por ela ser considerada mal exemplo, isso pela associação de sua imagem como usuária de drogas ilícitas. Daí começou toda a perseguição da mídia a canora. Como miséria pouca é bobagem, veio o outro abandono e rejeição do namorado “Back to Black” Ela passou a ter sua vida exposta ao mundo, seus momentos, suas intimidades, tudo que ela fazia poderia alimentar o sadismo dos leitores e da mídia sensacionalista.



Eu falava com um amigo hoje sobre a morte de Huston e o seu possível estado de HIV positivo e ele me disse o seguinte. Ou isso ou aquilo viver num mundo em guerra só sobrevive quem esta do lado do vencedor nem todo mundo e Davi pra vencer Golias. Os diferentes sofrem mais, isso inclui tudo, os gays, negros, mulheres. Somos apedrejados por todos lentamente, mas se for pra sentir dor prefiro que seja rápido como na Arábia. Concordo com essa opinião reveladora de que ela assim como outros cometeram suicídio. Os deuses sempre retornam de onde vieram, ao olimpo, ela voltou pra lá