sexta-feira, 15 de abril de 2011

PROJETO EU SOU GAY!!!!







ESSA É ADRIELI, 16 ANOS, MORREU SÓ PORQUE OUSOU AMAR!!!



Abril 12, 2011
Adriele Camacho de Almeida, 16 anos, foi encontrada morta na pequena cidade de Itarumã, Goiás, no último dia 6. O fazendeiro Cláudio Roberto de Assis, 36 anos, e seus dois filhos, um de 17 e outro de 13 anos, estão detidos e são acusados do assassinato. Segundo o delegado, o crime é de homofobia. Adriele era namorada da filha do fazendeiro que nunca admitiu o relacionamento das duas. E ainda que essa suspeita não se prove verdade, é preciso dizer algo.









Eu conhecia Adriele Camacho de Almeida. E você conhecia também. Porque Adriele somos nós. Assim, com sua morte, morremos um pouco. A menina que aos 16 anos foi, segundo testemunhas, ameaçada de morte e assassinada por namorar uma outra menina, é aquela carta de amor que você teve vergonha de entregar, é o sorriso discreto que veio depois daquele olhar cruzado, é o telefonema que não queríamos desligar. É cada vez mais difícil acreditar, mas tudo indica que Adriele foi vítima de um crime de ódio porque, vulnerável como todos nós, estava amando.

Sem conseguir entender mais nada depois de uma semana de “Bolsonaros”, me perguntei o que era possível ser feito. O que, se Adriele e tantos outros já morreram? Sim, porque estamos falando de um país que acaba de registrar um aumento de mais de 30% em assassinatos de homossexuais, entre gays, lésbicas e travestis.

E me ocorreu que, nessa ideia de que também morremos um pouco quando os nossos se vão, todos, eu, você, pais, filhos e amigos podemos e devemos ser gays. Porque a afirmação de ser gay já deixou de ser uma questão de orientação sexual.

Ser gay é uma questão de posicionamento e atitude diante desse mundo tão miseravelmente cheio de raiva.

Ser gay é ter o seu direito negado. É ser interrompido. Quantos de nós não nos reconhecemos assim?

Quero então compartilhar essa ideia com todos.

Sejamos gays.

Independente de idade, sexo, cor, religião e, sobretudo, independente de orientação sexual, é hora de passar a seguinte mensagem pra fora da janela: #EUSOUGAY

Para que sejamos vistos e ouvidos é simples:

1) Basta que cada um de vocês, sozinhos ou acompanhados da família, namorado, namorada, marido, mulher, amigo, amiga, presidente, presidenta, tirem uma foto com um cartaz, folha, post-it, o que for mais conveniente, com a seguinte mensagem estampada: #EUSOUGAY

2) Enviar essa foto para o mail projetoeusougay@gmail.com

3) E só

Todas essas imagens serão usadas em uma vídeo-montagem será divulgada pelo You Tube e, se tudo der certo, por festivais, fóruns, palestras, mesas-redondas e no monitor de várias pessoas que tomam a todos nós que amamos por seres invisíveis.

A edição desse vídeo será feita pelo Daniel Ribeiro, diretor de curtas que, além de lindos de morrer, são super premiados: Café com Leite e Eu Não Quero Voltar Sozinho.

Quanto à minha pessoa, me chamo Carol Almeida, sou jornalista e espero por um mundo melhor, sempre.

As fotos podem ser enviadas até o dia 1º de maio.

Como diria uma canção de ninar da banda Belle & Sebastian: ”Faça algo bonito enquanto você pode. Não adormeça.” Não vamos adormecer. Vamos acordar. Acordar Adriele.


VISITEM http://projetoeusougay.wordpress.com/2011/04/12/sejamos-gays-juntos/

TOD@S JUNT@S SOMOS MAIS FORTES.!!!!

segunda-feira, 11 de abril de 2011

TIME DE VOLEI FUTURO, VENCE EM UMA PARTIDA CONTRA A HOMOFOBIA E O PRECONCEITO.






















Fonte: O Estado de S.Paulo
ARAÇATUBA


O adversário do Sesi na final da Superliga Masculina de Vôlei será conhecido apenas na sexta-feira, em Contagem-MG, data do terceiro jogo entre Vôlei Futuro e Cruzeiro. Ontem, em Araçatuba, a equipe paulista superou toda a polêmica da semana - troca de acusações com os mineiros por conta da homofobia de que foi vítima o meio de rede Michael - e ganhou o confronto por 3 sets a 2 (19/25, 25/17, 21/25, 25/22 e 18/16). Mais do que o resultado, valeu a lição contra o preconceito dada por torcida, dirigentes e jogadores do Vôlei Futuro.

Na primeira partida da série semifinal, em Minas, há uma semana, o Vôlei Futuro protestou contra a discriminação dos torcedores locais contra o meio de rede Michael, ofendido com palavras como "bicha" e "gay".

Ontem, Araçatuba fez bela festa e mandou o recado ao País. Cinco mil bisnagas cor de rosa - o famoso bate-bate, para fazer barulho e atrapalhar o adversário -, com o nome de Michael, foram distribuídas entre os torcedores. Camisas reforçaram a mensagem contra a homofobia. Na frente, os dizeres "preconceito é a pior violência" e atrás, "preconceito, não."

Um bandeirão também reprovou a atitude machista e ignorante de alguns cruzeirenses. "Vôlei Futuro contra o preconceito." O líbero Mário Jr. jogou com camisa listrada, com as cores do arco-íris, que representa o movimento LGBT.

Michael, alvo da polêmica, parecia feliz com tanto apoio. Ainda no aquecimento, ele esbanjava um belo sorriso, que no fim da partida caracterizaria sua vitória particular e a da equipe.

"Não imaginei que a repercussão de minha atitude seria tão grande. Só queria mostrar minha indignação"", disse o meio de rede após a vitória. "Fiquei assustado com a repercussão, mas também feliz, porque as pessoas estão preocupadas. A bandeira contra qualquer forma de preconceito foi muito bem levantada.""

Bom exemplo. A torcida deu show. Em vez de partir para a revanche e ofender os rivais, preferiu apoiar seus ídolos. Cantava forte o nome de cada um de seus jogadores e soltava a voz, com maior euforia, a cada lance de Michael. "Michael, Michael", gritavam os mais de dois mil presentes, na hora dos potentes saques do jogador.

Apesar do apoio, o time de Araçatuba mostrou-se bastante nervoso no primeiro set da partida e acabou superado, por 25/19. Nervos no lugar e o empate veio na série seguinte, com 25/17. Na busca pela quarta vitória em quatro jogos contra os paulistas, os cruzeirenses fizeram 25 a 21 no terceiro set. Mas o dia era do Vôlei Futuro, que virou ao fazer 25/22 e 18/16 nos dois últimos sets.